Aquivos por Autor: Carlos M. Fernandes

Da procura e do erro

No autobiográfico «Olhar Retrospectivo», Kandinsky conta que um «Palheiro», de Monet, e uma récita do «Lohengrin» de Wagner foram fundamentais para o seu percurso criativo. O primeiro foi visto em Paris, a ópera na Alemanha, e na Rússia, onde nasceu, … Continuar a ler

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A invenção da burguesia

Sobre a ideia de Homem nos poemas homéricos, Maria Helena da Rocha Pereira diz-nos que falta, aos poemas, «uma concepção unitária da personalidade (…), [a] noção de vontade, que é posterior e, ipso facto, a de livre-arbítrio, que só naquela … Continuar a ler

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Paraíso perdido

Um clássico questiona-nos, alguém disse. Desafia a classificação e compreensão definitivas. Provoca uma reacção. Obriga-nos a regressar, uma e outra vez, enquanto nos comunica a terrível verdade: pior do que não ler um livro, é não o ler vezes suficientes. … Continuar a ler

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Diários de Granada (16-01-2013)

O céu carregado ameaçou neve. Com a chuva e a luz filtrada pelas nuvens, a praça da Hípica cobriu-se do tom metálico característico do Inverno granadino. O Alhambra esteve invisível durante a tarde e a serra escondida pelo manto plúmbeo. … Continuar a ler

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Espaço/tempo

Em 1932, James R. Killian disse, a propósito das experiências científico-fotográficas do engenheiro Harold Edgerton, que a ciência «nos permite ver e compreender contraindo e expandindo não só o espaço mas o tempo». Entretanto, passaram mais de setenta anos e … Continuar a ler

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Eu sou

Roger Fenton, Esqueletos de Homem e Gorila, 1860 No princípio, o darwinismo substituiu a tautologia divina, «Eu sou Aquele que sou» (Êxodo 3:14), por outra, humana e secular: «eu sou aquele que sobrevive». Sem as ulteriores sofisticações, as teorias biológicas … Continuar a ler

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O comboio de Auschwitz

No livro Railways: Their Rise, Progress and Construcion, o engenheiro Robert Ritchie arriscou uma profecia: «Os caminhos de ferro iluminarão os preconceitos e contribuirão para que os membros da grande família humana se conheçam melhor; tenderão assim a promover a … Continuar a ler

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Da inevitabilidade da morte

«La Jetée» (Chris Marker, 1962), objecto bizarro e confortavelmente instalado entre a fotografia, o cinema e a literatura, fala-nos do passado, essa carga que nos estrutura e condena, que se pode até confundir com o futuro, mas que, quando corrompe … Continuar a ler

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O espelho embaciado do passado

No conto Tlon, Uqbar, Orbis Tertius, Jorge Luis Borges, por interposta personagem, diz que «os espelhos e a cópula são abomináveis, pois multiplicam o número de homens». A fotografia, espelho com memória – ou «o espelho embaciado do passado», como … Continuar a ler

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A excelência perdida

George Steiner comprimiu os quatro anos do curso de geral de Yale em apenas um (proeza que só é exequível quando uma mente brilhante encontra um sistema de ensino civilizado). Nesse período, estudou física, química, matemática, poética, epistemologia, filosofia e … Continuar a ler

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