Tudo começou quando Henry Hudson tentava encontrar uma ligação fluvial entre o Atlântico e o Pacífico e uma rota alternativa para a China. Os holandeses ocuparam então aquela extensa terra húmida dos índios Lenape — e comeram as magníficas ostras do estuário do rio Hudson, muito antes de estas se transformarem em armadilhas tóxicas —. Depois vieram os ingleses, e a seguir o mundo. Passaram quatro séculos, e hoje, com ou sem torres gémeas, com mais ou menos fundamentalismo antitabágico e sanitarista, Nova Iorque é a cidade perfeita. Com muitos defeitos, e ainda bem. As cidades não se querem (muito) bonitas.
Carlos M. Fernandes