Arquivos Mensais: Outubro 2013

O Sobrevivente

Meu pai morreu mal eu tinha completado os seis anos e apagou-se-me da memória toda e qualquer imagem sua, substituída – apagada, talvez – por imagens artísticas ou artificiais, as das fotografias; e entre outras a de um daguerreótipo dos … Continuar a ler

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As Ondas

Edward Weston tirou a última fotografia em 1948, Rocks and Pebbles, em Point Lobos, perto da praia que mais tarde chamariam, em sua homenagem, Weston Beach. Rochas moldadas pelas ondas. Seixos arrastados pelas ondas. Nessa altura, a doença de Parkinson … Continuar a ler

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Pimentos, Malaguetas e Caril: Uma História de Mercadores

Os pimentos — desde as pequenas e delgadas malaguetas ao enfunado pimento vermelho — são os frutos da planta capsicum, nativa da América tropical e descoberta por Cristóvão Colombo quando aportou nas Caraíbas. As primeiras capsicums chegaram a Espanha em … Continuar a ler

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O Recado de Bill Brandt

Bill Brandt, Morning in Belsize Avenue, 1936 Um degrau, dois jornais e quatro garrafas de leite. A manhã é o fim da noite. Termina assim A Night in London, um dos lendários livros de fotografia de Bill Brandt. Publicado em … Continuar a ler

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Diários da Sicília, ano II (epílogo)

No aeroporto de Catânia, sentado na cafetaria, vejo finalmente, limpo, sem nuvens, o cume do Etna,  “fervilhante Etna” de Virgílio, “convulsionado Etna” de Camilo, “rei das fábricas de fogo” de Fernand Braudel, túmulo de Empédocles, oficina dos Ciclopes, guardião e, … Continuar a ler

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Diários da Sicília, ano II (11)

Catânia, Chiosco della Pesceria. Despeço-me da Sicília outra vez e no mesmo sítio. Vou buscar uma Moretti ao chiosco, um prato de lapas ao vendedor de mariscos, e sento-me numa das mesas de plástico. As lapas, cruas, levam-se à boca … Continuar a ler

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Diários da Sicília, ano II (10)

Dei hoje duas voltas a Ortigia, desafiei com brio o calor siciliano, comi no porto como um príncipe, vi um homem a pescar nas águas do Jónico, ouvi o som de um acordeão ao longe, recordei a alvorada de Taormina … Continuar a ler

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Diários da Sicília, ano II (9)

Cheguei a Siracusa às 17.30. O hotel está perto do terminal de camionetas, num bairro lúgubre, fora da ilha Ortigia. Na recepção há um cão velho e cansado, mas com uma mandíbula poderosa, e um aquário com peixes coloridos. Dão-me … Continuar a ler

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Diários da Sicília, ano II (8)

É meio-dia. Silêncio. Sol inclemente. Humidade. Sentado numa pedra e debaixo de uma árvore tento memorizar a Piazza Magione. Há outro homem sentado por debaixo de outra árvore. Uma mulher com um chapéu branco, ao sol, bebe água de uma … Continuar a ler

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Diários da Sicília, ano II (7)

Estou na Piazza Verdi, sentado na esplanada do café, mesmo ao lado do Teatro Massimo Vittorio Emanuele. Exausto. Melancólico. Peço um arancino e depois um gelado. O sol castiga o teatro e a praça e os turistas descansam na famosa … Continuar a ler

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